O pontificado do Papa Francisco está a ser acolhido no mundo – católico ou não – como um fenómeno de grande esperança, dada a importância global deste líder religioso.
Desde a sua primeira aparição na Praça de S. Pedro que lhe admiramos o perfil humanista, a humildade e a sapiência com que aborda temas muito sensíveis, não só para a cúria romana, mas acima de tudo para aquelas que são as dificuldades quotidianas das pessoas.
Há nele um espírito reformista, mas sobretudo de missão para com o Ser Humano.
A principal reforma que instituiu, desde já, é a humildade perante o erros e a necessidade de recompor e reconfortar o que correu mal e a quem correu mal, sem esquecer-se de institucionalizar medidas profiláticas e corretivas para o futuro.
Sabendo, ainda, que a sua missão – ligada à paz, à tolerância, ao amor entre os homens - não é possível materializar-se sem uma grande mobilização coletiva, não se cansa de instar todos os cristãos à participação política e a depositar nos jovens a semente da boa expectativa no futuro e a vontade de um trabalho abenegado para a comunidade.
A surpresa, ou talvez não, foi o interesse revelado com os cuidados a ter na “Casa Comum”.
As preocupações ambientais não são sua exclusividade na Igreja Católica transitando vários pontificados com muitas referências à temática. Contudo – e veremos o impacto das suas preleções – a encíclica Louvado Sejas, leitura (obrigatória) mais escalpelizada neste periodo de férias, inaugura um “epicentro verde” não só em termos ambientais – o que de si é importante – mas também, da complementaridade que lhe dá, ao excesso de consumismo e porque não interpretar do ultra – liberalismo, do mundo ocidental, em contraponto com as carências de outras geografias.
Este novo “cosmos” em torno da sua “governação” certamente influenciará, de modo decisivo, a doutrina social da Igreja, farol da atuação democrata – cristã no espaço público; o que além de motivador, será de prestar atenção, em virtude da esperança que daí advém num mundo melhor i.e. mais sustentável, tolerante, equilibrado, justo e com oportunidades para todos.
Bem Vistas as Coisas, sem divinizar o humano, Francisco demonstra muita fé nos Homens e nada há mais religioso do que isso. Caso para dizer: Laudato Si Franciscus!